quarta-feira, maio 17, 2006

Solidão

Deito-me,
fecho os olhos,
o silêncio à minha volta,
a escuridão que me rodeia.
Efémeros momentos depois,
segundos que parecem horas,
uma sensação de sobressalto,
acordo lavado em lágrimas,
vejo mortes,
a morte daqueles que amo,
a morte de mim próprio.
Apetece-me chorar,
ter alguém que me ouça,
alguém que me abrace,
uma pessoa que comigo
morra afogada nas minhas lágrimas.
Mas ela não chega,
e a minha solidão cresce,
uma solidão que me rasga,
que me mata por dentro.
Uma solidão que tal como a minha melancolia
me corre nas veias de sangue negro.
Uma solidão....

2 Comments:

Blogger Isabel said...

Confesso que não deixa de ser "estranho"... agora que posso assoociar uma cara aos textos que leio! Mas gosto mais assim. Assim posso tentar imaginar a tua expressão enquanto escreves. Posso tentar adivinhar o que vai por detrás de tudo isto. Gosto mais.

Como diria Goethe "O talento desenvolve-se na solidão; o carácter no rio da vida". Parece-me que tens talento que chegue... porque não procuras agora... uma papoila?? :)

maio 17, 2006 10:26 da tarde  
Blogger Isabel said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

maio 17, 2006 10:34 da tarde  

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